Ossos do ofício

Por mais que você esteja no emprego dos seus sonhos, terá momentos em que se deparará com obrigações que você detesta, mas, ossos do ofício. Nessas ocasiões, muito cuidado pra não sair do salto ou se enforcar com a gravata. Boas maneiras é fundamental.
Jamais se recuse a fazer o que lhe foi mandado. Lembre-se que quando pediu uma vaga, tinha o mínimo de noção que poderia passar por isso.
Se todos no trabalho sabem que você não gosta de tal atividade e que mesmo assim terá que fazer, vão ficar esperando a sua pior reação. Não lhes dê esse gostinho. Respire fundo, segurando o ar no diafragma e vá soltando devagar pela boca e depois responda: "Pois não, chefe, eu farei."
Sabemos que algumas atividades de alguns trabalhos são extremamente dolorosas [em todos os sentidos] como: representante de vendas convencer as pessoas a comprarem um cd da Kelly Key; um veterinário examinar um pitt bull de um pit boy; a manicure cuidar de unhas com frieiras; um animador de festas vascaíno trabalhar numa festa cujo motivo é o flamengo; ser secretária do Marcos Valério; fotógrafo ter que trabalhar num show do Marylin Manson... a lista é infinita.
Nessas ocasiões complicadíssimas, pense no futuro quando tudo terá um fim [menos para a secretária do Marcos Valério].
Se a atividade a ser feita for constrangedora ou contrária a sua crença religiosa, informe-se sobre os seus direitos [sim, você tem direitos]. Mas comunique primeiramente ao seu chefe de forma polida e profissional.
Se os ossos [duros de roer] do seu ofício se tornarem uma constante, peça as contas ou, passe a gostar do que te desgosta.

Imagem: Kamikazes na Segunda Guerra Mundial (www.acbj.com.br)